Pular para o conteúdo principal

Monitor Fiscal da Prefeitura de Alagoinhas até o 5º bimestre de 2017


O comportamento fiscal da Prefeitura de Alagoinhas, do ponto de vista das receitas, até outubro, foi um pouco abaixo da previsão atualizada para o período. Era para ter chegado neste período com 83,33% da receita realizada no ano, contra 81,39% demonstrado, uma diferença de R$ 6,0 milhões. O total das receitas no período foi de R$ 256 milhões.

Os principais impactos foram oriundos da arrecadação de impostos. Se tivesse se comportado em linha com a previsão atualizada, a arrecadação seria de R$ 32,98 milhões, entretanto, a realizada foi de R$ 28,62 milhões.

Cerca de 75% das nossas receitas correntes (R$ 189 milhões) são oriundas das transferências intergovenamentais (R$ 188 milhões), compostas, principalmente, do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a Cota-parte do ICMS. Detalhe que todo o ICMS gerado no município, apenas 10% voltam para os cofres municipais.

Dentre as receitas de capital, aquelas oriundas de operações de crédito, há uma previsão de R$ 6,5 milhões para este ano. Até outubro, foram repassados R$ 1, 5 milhão oriundos do empréstimo externo junto à Cooperação Andina de Fomento (CAF).

Do ponto de vista das despesas, a dotação empenhada até outubro no grupo despesas correntes foi de R$ 241,45 milhões, desses, foram liquidados R$ 218 milhões. Desse montante, as despesas com pessoas e encargos foi de R$ 116,60 milhões (53,5%).

Houve um superávit primário no período de R$ 16,9 milhões, diferença entre as receitas (R$ 256,811 milhões) e despesas (R$ 239,811 milhões).

A nossa despesa com investimento foi da ordem de R$ 13,73 milhões, cerca de 6% da despesa total. Amortização de dívidas foi de R$ 7,3 milhões. Detalhe: para cada R$ 1,88 que investimos, gastamos mais R$ 1,00 com dívidas!

A nossa dívida vem caindo constantemente. Passou de R$ 72,65 milhões no fim de 2016 para 67,53 milhões até outubro de 2017.A dívida líquida caiu de R$ 36,32 milhões para R$ 10,23 milhões, resultado de um crescimento das disponibilidades de caixa em R$ 20 milhões.
Por fim, as aplicações de recursos mínimas em educação não foram atingidas. O mínimo a ser aplicado é de 25% das receitas resultantes de impostos, foi aplicado o percentual de 22,71%, diferença de R$ 3,7 milhões. Já na saúde, o mínimo estabelecido é de 15%, o município aplicou 23,18%.

Givanildo Bispo do Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.

e-mail: givanildobispo@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Desafios para o Desenvolvimento Econômico de Alagoinhas

Chegando ao fim do primeiro ano de governo municipal, a partir do próximo que de fato as ações terão o DNA da atual administração. A área de Desenvolvimento Econômico do governo municipal é gerida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Sedea), que esta semana passará a ter novo gestor. Este, terá inúmeros desafios, primeiramente porque não tem histórico nessas águas da economia e, segundo, a conjuntura econômica ainda é de crise, pessimismo e riscos. A razão de ser de uma secretaria voltada para desenvolver a economia justifica-se pelas falhas provocadas numa economia de mercado. Falhas estas cujos desdobramentos o poder público tenta corrigir de maneira cirúrgica, de modo a evitar a criação de monopólios não naturais, inibições de investimentos e sinalizações equivocadas para os agentes econômicos. A SEDEA tem como funções: planejar, coordenar e executar ações para a promoção do desenvolvimento econômico. Os objetivos visam o fomento via expansão e ...

A dinâmica dos preços em julho

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi de 0,24%, houve aumento em relação ao mês anterior, influenciado pelos reajustes de gás e energia elétrica. No acumulado deste ano, o aumento médio dos preços foi de 1,43% e em 12 meses foi de 2,7%. Dos noves grupos que compõem o índice, 7 tiveram aumento este ano, com destaques para a educação (+7,94%), saúde e cuidados pessoais (+7,19%), habitação (+4,6%). Os que sofreram redução de preços médios foram: alimentos e bebidas (-0,66%) e artigos e artigos residenciais. Embora a inflação continue em queda, cremos que esse fenômeno reflete pela menor procura e fatores climáticos influenciando na oferta de alimentos. Aqui na Bahia, especificamente em Salvador, cidade onde os dados foram coletados, a inflação no mês foi de 0,35%, no acumulado do ano foi de 1,66% e em doze meses foi de 2,54%. Dos nove grupos que compõem o índice, oito tiveram aumento este ano, com destaque para educação e plano de saúde. Em doze meses...