Na última sexta-feira,
01.09.2017, o IBGE divulgou os dados sobre o Produto Interno Bruto¹.
Há vários recortes para
serem analisados, com comparações trimestrais, do ano e dos últimos doze meses.
Vou abordar sobre o comportamento do produto interno deste semestre, em relação
ao 1º semestre de 2016, uma vez que abordar sobre o trimestre é um período
muito curto e se fizermos uma análise dos últimos doze meses corremos o risco
de interpretações equivocadas devido a períodos econômicos diferentes.
Então, comparando a
riqueza gerada deste semestre com o mesmo período do ano passado não crescemos!
Entretanto, olhando a trajetória produtiva percebe-se que saímos de uma queda
de 4,5% em 2016 e zeramos essa queda este ano. Na linguagem do futebol “empatamos
a partida”.
Decompondo os fatores que
formam o produto, pelo lado da produção (oferta) a agropecuária continua
sustentando a economia brasileira, a exemplo da soja, milho e algodão. Os
outros dois fatores da oferta caíram, a indústria com redução de 1,6% e os serviços,
que inclui o comércio, encolheu 1,0%. Da indústria o destaque positivo continua
a extrativa (minério de ferro e petróleo) e o destaque negativo é o da
construção.
Dos sete setores que
compõem os serviços, somente as atividades ligadas ao setor imobiliário não
teve resultado negativo. O comércio diminuiu o ritmo da queda ajudado pela
liberação dos saldos do FGTS.
Olhando pelo lado da
procura (demanda), o consumo das famílias reduziu a queda, sobretudo por um
incremento da renda provocado pela ligeira redução dos desempregados, uso do
FGTS e menor inflação. O consumo do governo continua a cair, reflexo do aperto
fiscal. O fator mais preocupante é a queda de investimentos, reflexo de altos
estoques e real desvalorizado.
Enfim, a equipe econômica
comemorou na apresentação dos resultados, mas ainda é bom lembrar, só fizemos
parar de tomar gol. Conseguimos empatar a partida pela queda dos juros, demanda
externa e recentemente pela liberação de recursos do FGTS que incrementaram
momentaneamente a renda.
O futuro é incerto.
Depende muito do mundo político!
Givanildo Bispo do
Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.
e-mail: givanildobispo@gmail.com
Pois é, o governo comemora esses números nos canais oficiais de comunicação, como se fosse um grande feito. Penso que a nossa crise política e as medidas econômicas ortodoxas, ainda vão produzir muito prejuízo econômico e muita pobreza. Nao temos nada a comemorar. Lamentável.
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