O governo Central, que envolve o Tesouro Nacional, Banco Central e a Previdência Social, apresentou déficit primário de R$ 76,28 bi até julho, contra R$ 55,70 bi no mesmo período do ano passado. Descontado o efeito inflacionário, a receita líquida teve uma redução de 3,1%, enquanto a despesa praticamente não se alterou. O déficit apresentado no ano deveu-se, do ponto de vista da receita, pela não realização de bônus de outorgas de usinas hidrelétricas e aumento de repasses aos Estados e Municípios. Pelo lado da despesa, houve aumento do déficit da Previdência para R$ 96,4 bi este ano, decorrente da redução da receita (0,9%) e aumento da despesa real em 7%. Devido à recessão econômica, a receita tributária das contribuições foi afetada pelo decréscimo no volume de vendas, serviços, desempenho inferior de importações e setor financeiro. Cabe destacar o aumento de repasses das estatais ao Tesouro oriundos de dividendos no valor de R$ 4,3 bi, contra R$ 1,07 bi no mesmo período do ano