De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em setembro
de 2017. O crescimento foi de 34.392 postos
de trabalho. No acumulado
do ano, houve crescimento de 208.874 empregos, representando expansão de
0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses,
verificou-se uma redução de -466.654 postos de trabalho, correspondente à
retração de -1,2% no contingente de empregados celetistas do País em relação a
setembro de 2016.
Na Bahia, em setembro houve saldo positivo de 2.861 empregos; 6.569
no ano e nos últimos 12 meses, o saldo ainda é negativo com destruição de 21.166
empregos.
Em Alagoinhas, ainda não apresentou sinais de crescimento no
mercado formal de trabalho. Em setembro as demissões superaram as admissões em
201 empregos. De janeiro a setembro o saldo negativo é de 25 e nos últimos 12
meses as demissões superaram as admissões em 660 empregos.
Dos 08 setores pesquisados este ano em Alagoinhas, 04 geraram mais
admissões que demissões, são eles: 1) serviços (+266), construção civil (+73),
indústria de utilidade e administração públicas (+30). Por outro lado, os
setores que mais desempregaram foram: 1) indústria de transformação (-199), 2)
agropecuária (-126), 3) extração mineral (-42) e comércio (-27).
Os dados demonstram que a economia municipal se consolida no setor
de serviços como maior absorvedor de mão de obra em atividades relacionadas às
atividades de saúde, educação, consultoria, financeira e outros serviços. O
setor da construção civil ainda gera saldo positivo, embora este mercado tenha
sofrido muito, sobretudo pelas condições de desemprego em outros setores e
menores condições para financiamentos imobiliários residenciais.
Os setores que desempregam, sobretudo a indústria de transformação,
são afetados pela crise disseminada na economia, onde outros mercados diminuíram
a demanda. Há fatores climáticos, que afetam a indústria de bebidas e fatores
conjunturais de ajustes de custos dessa indústria.
Por fim, há expectativa do ponto de vista sazonal para este último
trimestre. Fatores como a chegada do verão (ajudam a indústria de bebidas);
injeção de recursos extras (PIS/PASEP e 13º salário), juros e preços pressionados
para baixo, dão incentivos para algum crescimento no comércio. Também a
administração pública deve pressionar positivamente na geração de empregos de
acordo com as intervenções em infraestrutura que estão acontecendo na cidade.
Givanildo Bispo do Nascimento. Graduado
em Ciências Econômicas. Bancário.
e-mail: givanildobispo@gmail.com
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