Pular para o conteúdo principal

Desafios para o Desenvolvimento Econômico de Alagoinhas

Chegando ao fim do primeiro ano de governo municipal, a partir do próximo que de fato as ações terão o DNA da atual administração.

A área de Desenvolvimento Econômico do governo municipal é gerida pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Sedea), que esta semana passará a ter novo gestor. Este, terá inúmeros desafios, primeiramente porque não tem histórico nessas águas da economia e, segundo, a conjuntura econômica ainda é de crise, pessimismo e riscos.

A razão de ser de uma secretaria voltada para desenvolver a economia justifica-se pelas falhas provocadas numa economia de mercado. Falhas estas cujos desdobramentos o poder público tenta corrigir de maneira cirúrgica, de modo a evitar a criação de monopólios não naturais, inibições de investimentos e sinalizações equivocadas para os agentes econômicos.

A SEDEA tem como funções: planejar, coordenar e executar ações para a promoção do desenvolvimento econômico. Os objetivos visam o fomento via expansão e capacitação de investimentos para os diversos setores econômicos, sem descuidar da proteção ao meio ambiente. Neste sentido, fiscaliza e atua no licenciamento ambiental e contra a poluição em seus diversos tipos.

De acordo com a proposta do Plano Plurianual (PPA) 2018-2021, um dos eixos do plano estratégico é o Desenvolvimento Econômico, cujas áreas temáticas sob a responsabilidade da SEDEA são: “meio ambiente” e “desenvolvimento econômico”. Essas duas áreas terão previsão orçamentária de R$ 103 milhões (44% do eixo Desenvolvimento Econômico Urbano e Rural; e, 7,3% de todo o orçamento previsto até 2021).
Na área temática MEIO AMBIENTE o programa Cidade Verde terá investimentos previstos de R$ 102 milhões a ser executado conjuntamente pela SESEP. Tem como objetivos: 1) reduzir e recuperar áreas degradadas, aumentar o índice de reflorestamento e revitalizar nascentes, 2) limpeza de rios, evitar assoreamento e, 3) aumentar área verde na zona urbana.

Na área temática Desenvolvimento Econômico o programa a ser executado é o Avançar Cidade, com recursos estimados em R$ 1,3 milhão. Dos objetivos: 1) desenvolver a economia local com apoio a implantação de pequenas e médias empresas. As metas serão a realização de 03 Feiras de Negócios e 27 apresentações pelo país apresentando a cidade de Alagoinhas. 2) aumentar e melhorar a qualificação da mão de obra. Tem a meta de capacitar e inserir 3.000 trabalhadores no mercado de trabalho.
Sem dúvidas o novo gestor da SEDEA terá que pensar e praticar às ações estratégicas. É necessária uma guinada na secretaria, pois este ano ficou muito refém do programa de intermediação de mão de obra (SIMM), cujos resultados precisarão ser debatidos e avaliados. É urgente a atuação mais eficaz do Conselho de Desenvolvimento Econômico como instância consultiva e de controle social.

Os últimos dados de empregos são ainda ruins; as demissões superaram as admissões no ano em 221 empregos. A formalização de empresas cresceu, mas, com o registro de empreendedores individuais (MEI), cuja sustentabilidade é frágil.

Os próximos anos serão decisivos na consolidação dos polos de bebidas, cerâmico, sapato e serviços (ligados aos setores de saúde, consultorias e petróleo). Não poderemos deixar de diversificar a nossa matriz, daí a necessidade de se pensar nas indústrias fármaco-químicas e minério. Diversificação espacial do modelo comercial e de distribuição e fomentar mais a indústria do conhecimento (via incubadoras, premiações). Também é decisivo afastar o risco energético. Daí incrementar a oferta de energia elétrica, consolidar a do gás natural e incentivar a solar.

Givanildo Bispo do Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.

e-mail: givanildobispo@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Monitor Fiscal da Prefeitura de Alagoinhas até o 5º bimestre de 2017

O comportamento fiscal da Prefeitura de Alagoinhas, do ponto de vista das receitas, até outubro, foi um pouco abaixo da previsão atualizada para o período. Era para ter chegado neste período com 83,33% da receita realizada no ano, contra 81,39% demonstrado, uma diferença de R$ 6,0 milhões. O total das receitas no período foi de R$ 256 milhões. Os principais impactos foram oriundos da arrecadação de impostos. Se tivesse se comportado em linha com a previsão atualizada, a arrecadação seria de R$ 32,98 milhões, entretanto, a realizada foi de R$ 28,62 milhões. Cerca de 75% das nossas receitas correntes (R$ 189 milhões) são oriundas das transferências intergovenamentais (R$ 188 milhões), compostas, principalmente, do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a Cota-parte do ICMS. Detalhe que todo o ICMS gerado no município, apenas 10% voltam para os cofres municipais. Dentre as receitas de capital , aquelas oriundas de operações de crédito, há uma previsão de R$ 6,5 milh...

A dinâmica dos preços em julho

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi de 0,24%, houve aumento em relação ao mês anterior, influenciado pelos reajustes de gás e energia elétrica. No acumulado deste ano, o aumento médio dos preços foi de 1,43% e em 12 meses foi de 2,7%. Dos noves grupos que compõem o índice, 7 tiveram aumento este ano, com destaques para a educação (+7,94%), saúde e cuidados pessoais (+7,19%), habitação (+4,6%). Os que sofreram redução de preços médios foram: alimentos e bebidas (-0,66%) e artigos e artigos residenciais. Embora a inflação continue em queda, cremos que esse fenômeno reflete pela menor procura e fatores climáticos influenciando na oferta de alimentos. Aqui na Bahia, especificamente em Salvador, cidade onde os dados foram coletados, a inflação no mês foi de 0,35%, no acumulado do ano foi de 1,66% e em doze meses foi de 2,54%. Dos nove grupos que compõem o índice, oito tiveram aumento este ano, com destaque para educação e plano de saúde. Em doze meses...