A política monetária
segue em linha com o estabelecido com a meta de inflação para este ano. Só para
lembrar, a meta inflacionária é de 4,5% podendo variar entre 3% a 6%.
A fim de cumprir a meta
de inflação, verifica-se no último Relatório de Política Monetária e Operações
de Crédito¹ divulgado pelo Banco Central, em 24.08.2017, um crescimento da base
monetária nos últimos 12 meses de 5,8% (resultado da emissão de papel-moeda e
redução nas reservas bancárias).
Por outro lado, a
política monetária continua a retirar dinheiro em circulação, sobretudo porque
a taxa de juros inibe a circulação de moeda, estimulando mais a poupar (quem
tem sobrando), aplicando recursos em títulos públicos e outras modalidades
financeiras.
Outro canal de condução
da política monetária se transmite via operação de crédito. Os saldos das operações
no sistema financeiro reduziram em julho para 0,6%, e 1,7% nos últimos 12
meses. A carteira para empresas reduziu em 1,4% no mês enquanto das pessoas
físicas aumentou para 0,2%.
Além dos juros altos, o
que inibe pessoas físicas e empresários a demandarem crédito, os efeitos
prolongados da recessão econômica impactam na formação de expectativas,
sobretudo com os níveis atuais de desemprego e de endividamento.
Espera-se que neste
segundo semestre os juros caiam de forma mais rápida de modo a estimular o
setor produtivo para investimentos, emprego e renda. Na última sondagem feita
pelo Banco Central² sobre a taxa básica de juros, aponta para 7,25% até o fim
deste ano.
Sem dúvidas, a redução
dos juros é necessária, mas não suficiente para a retomada do crescimento
sustentável da nossa economia. Ainda é prematuro afirmar se as decisões de
juros, privatizações e outras reformas em curso terão efeitos sustentados na
nossa economia sobretudo nos níveis de emprego.
Givanildo
Bispo do Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.
e-mail:
givanildobispo@gmail.com
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