Ainda é preocupante o
impacto da recessão sobre a indústria baiana. Dados da Pesquisa Industrial
Mensal de junho divulgados pelo IBGE, mostram que este setor da economia baiana
teve uma redução de 7,4% este ano. Somente para efeitos comparativos, o setor
no Nordeste teve uma queda de 2,3% e o nacional um crescimento de 0,5%.
Nos últimos 12 meses (jul/2016
a jun/2017), a indústria baiana fica na rabeira, com queda de 8,7%, contra -2,5%
da região e -1,9% da indústria nacional.
A redução da produção nos
últimos 12 meses aconteceu de maneira generalizada, das 11 atividades que
compõem o setor de transformação, 08 tiveram redução nos últimos 12 meses, com
destaques para: fábrica de equipamentos ópticos (-48,3%), metalurgia (-29,9%),
fabricação de coque, deriv. de petróleo/biocombustíveis (-19,7%). As 03
atividades que cresceram nos últimos 12 meses foram lideradas pela indústria de
preparação de couro/artefatos/calçados (+15%), fab. de veículos automotores
(+14,5%) e a de produtos alimentícios (2,6%).
A queda é significativa,
causando impactos reais na economia. Para o governo, queda na arrecadação do ICMS;
para o trabalhador, destruição de vagas de emprego.
Acreditamos que a retomada
do crescimento do ponto de vista da demanda interna ainda vai demorar. Traçamos
como cenário para o crescimento uma combinação pelas exportações causando efeitos
no curto prazo. No médio prazo, mais investimentos para modernizar a indústria
baiana, sobretudo em setores consolidados como o petroquímico e metalúrgico.
Temos muito a crescer nas
atividades para a geração dos vários tipos de energia, sobretudo a eólica e
solar.
E como desafio, alavancar
a indústria do conhecimento, incentivando startups
em atividades voltadas para a informática e robótica.
Givanildo Bispo do
Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.
e-mail:
givanildobispo@gmail.com
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