A
peça orçamentária de Alagoinhas para 2018, elaborada pelo Poder Executivo e
enviada à Câmara para discussão e votação, fixa as despesas em R$ 373,87
milhões. Um crescimento de 18% em relação à de 2017. Dada a previsão de crescimento das receitas nesta magnitude, as despesas se ajustaram de modo a manter o equilíbrio orçamentário.
Das
17 funções governamentais listadas, cinco consomem cerca de 84% do total das
despesas: 1) educação (24%); 2) saúde (21%); 3) urbanismo (17%); 4)
administrativa (13%) e 5) saneamento (9%).
As
despesas correntes, grosso modo, são
alocadas para a manutenção da prestação de serviços à população. Essas, crescerão
18,5% em relação a 2017. Já as despesas de capital, incluindo os investimentos
e amortização de dívida, crescerão 16%.
Do
ponto de vista do perfil das despesas, alocamos 09 vezes mais recursos para a
manutenção dos serviços prestados em relação a novos investimentos. Nos últimos
quatro anos essa relação era, em média, de 13 vezes. A queda é explicada
sobretudo por causa dos investimentos que serão realizados com os recursos do
empréstimo externo junto à CAF.
Nos
últimos 04 anos as despesas com pessoal e
encargos sociais tiveram um
crescimento médio de 5,5%. Para o próximo ano o crescimento nessa rubrica é
mais que o dobro, aproximadamente, 11,5%. Esse crescimento apresenta-se como
fora da curva, considerando a média dos anos anteriores e a previsão de 2018
para 2019.
Sem
dúvidas, precisamos otimizar os nossos atuais recursos de investimentos,
oriundos do empréstimo externo, uma vez que a atual geração e as futuras
pagarão por esses recursos. Daí a qualidade das ações serem extremamente relevantes,
basta lembrar que o empréstimo deverá ser liquidado em 15 anos, assim, é
razoável que estas ações tenham uma vida útil de pelo menos esse prazo.
Nunca
poderemos perder de vista que a ordem na alocação de recursos, dada a escassez
de serviços, é primeiro em investimento e depois na sua manutenção. Daí a
necessidade de se mudar a trajetória de crescimento das despesas correntes
(manutenção) e começarmos a otimizar um crescimento das despesas de capital (investimento). O
atual governo não deu sinais desse detalhe na elaboração da sua primeira peça
orçamentária, uma vez que as despesas correntes crescerão 18,5% e as de capital
16,5%.
Mas
ainda há tempo de mudar de rota. Cabe ao poder legislativo este papel!
Givanildo Bispo do
Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.
e-mail:
givanildobispo@gmail.com
Comentários
Postar um comentário