De acordo com os dados
divulgados pelo IBGE, o produto interno bruto brasileiro cresceu este ano até
setembro 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Não é motivo para
comemorar!
Do ponto de vista da
oferta, o destaque foi para a agropecuária, crescimento de 14,5%. A indústria
caiu 0,9%, destaque negativo para a construção civil, e destaque positivo para
a indústria extrativa. Os serviços caíram 0,2%, entretanto, o setor de comércio
cresceu 0,8%.
O resultado ainda não
significativo porque o setor que mais cresceu é o que tem a menor participação
no produto. A participação da agropecuária é de 6%. Os serviços detêm a maior
participação, cerca de 60%. Enquanto este setor não crescer, teremos resultados
pífios no curto prazo! Por fim, a indústria, participa com 20%; como ainda se
recupera, seus efeitos sobre o produto se darão no médio prazo.
Do ponto de vista da
demanda, a formação bruta de capital fixo, leia-se, investimentos, cresceu
quase 4% este ano. Também produzirá efeitos positivos no médio prazo.
O consumo cresceu 0,4%, é
o maior peso no produto interno. Qualquer injeção de recursos, há um impacto
positivo. O que certamente ajudou neste indicador foi a liberação de recursos
do FGTS. Está aí um caminho para o crescimento no curto prazo, aliado a redução
de impostos, com isso aumentando a renda disponível combinada com inflação
baixa.
O destaque negativo ainda
continua o governo. Os gastos agregados desse setor caíram 0,6% este ano, sendo
que tem participação no PIB de 17%. Dado o congelamento dos gastos, não se
vislumbra crescimento via este componente.
O cenário interno ainda é
muito desafiador, dado o nível de ociosidade, representado por estoques altos e
nível de desemprego elevado. Creio que os investimentos terão um papel preponderante
em 2018, dadas as quedas nas taxas de juros, variável esta que aumenta o
apetite empresarial por mais investimentos.
Já na Bahia, o PIB
cresceu 0,3%. Destaques para a agropecuária, com crescimento de 26%. A
indústria caiu 4%, com impacto muito forte no segmento de extração mineral,
queda de 14%. Este resultado foi agravado pela redução produtiva da Petrobrás
em petróleo e gás. Os serviços caíram
0,2%, destaque para o setor de transportes, com queda de 4,3%.
A perspectiva é que
cresça 0,7% este ano, com destaques para os segmentos da produção na cadeia
produtiva de veículos e indústria de alimentos e bebidas. Ah, injeção e recursos do 13º salário também manterão o produto no campo positivo.
Givanildo Bispo do
Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.
e-mail: givanildobispo@gmail.com
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