Pular para o conteúdo principal

A dinâmica do emprego em Alagoinhas no 1º semestre

Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério do Trabalho, apontaram um saldo negativo na geração de contratos de trabalho, via CLT, em Alagoinhas, no mês de junho de 2017.
Foram 500 admissões contra 577 demissões. Com isso, reverteu os saldos positivos apresentados em abril e maio. Apesar do saldo negativo para o mês de junho, no acumulado deste primeiro semestre há um saldo positivo de 365 empregos formais.
Este saldo semestral foi representado pela diferença entre 3.556 admissões contra 3,191 desligamentos. Se compararmos com o primeiro semestre de 2016, houve aumento de 6% no saldo da geração de empregos.
Dos oitos setores pesquisados, cinco apresentaram variação positiva: serviços +244, agropecuária +218, construção civil +56, comércio +4 e adm. Pública +2. Três setores geraram mais desligamentos que contratações: indústria de transformação -112, extrativa mineral -44 e serviços de utilidade pública -3.
Dos 3.818 estabelecimentos, 85% são representados pelos setores de comércio e serviços. Desse último, atividades ligadas a serv. de alojamentos, alimentação, reparação e manutenção, representaram significativamente o saldo positivo de emprego.
Por outro lado, pouco mais de 6% do total de estabelecimentos são ligados à indústria. Os dois setores secundários da economia ainda sofrem com a retração econômica do país. Sobretudo os subsetores ligados aos calçados, madeira e mobiliário, borracha, fumo, couro e pele, que apresentaram mais de 66% do saldo negativo da indústria.
Ainda do setor industrial, os subsetores ligados a produtos alimentícios e bebidas não apresentaram variação no semestre. Diríamos que foi menos ruim, mas é um subsetor no qual localizamos a indústria de bebidas da cidade, onde no ano passado ainda gerava um saldo positivo de 109 empregos no primeiro semestre.
Esperam-se que as medidas, sobretudo no mercado de juros, surtam algum efeito positivo quanto à demanda para investir. Refletindo, assim, na retomada da confiança, por parte dos empresários, e a consequente geração de empregos na cidade.
Givanildo Bispo do Nascimento. Graduado em Ciências Econômicas. Bancário.

e-mail: givanildobispo@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pernambuco vs Bahia no Ranking de Eficiência dos Estados

A Folha  e o Datafolha publicaram o Ranking de Eficiência dos Estados (REE-F). O estudo mostra "quais estados entregaram mais educação, saúde, infraestrutura e segurança à população utilizando o menor volume de recursos financeiros". Os estados são classificados em eficiente, cuja escala seja acima de 0,5; alguma eficiência , entre 0,429 a 0,499; pouca eficiência , entre 0,333 a 0,428 e ineficiente  abaixo de 0,333. Aqui no nordeste, somente o estado de Pernambuco é considerado eficiente , com índice de 0,517, ocupando a 4ª colocação no Brasil. A Bahia atingiu o índice de 0,362, classificado com  pouca eficiência  e ocupando a 16ª entre os estados brasileiros. Dentre as 06 variáveis estudadas, Pernambuco é considerado eficiente em três: educação (0,58), infraestrutura (0,5) e finanças (0,84). A Bahia é considerada eficiente somente em duas: segurança (0,55) e finanças (0,79). Alguma eficiência é encontrada na saúde pernambucana (0,48), pouca eficiência na segurança (0,3

Projeto de Lei Orçamentária Anual de Alagoinhas para 2018: uma análise das receitas

A peça orçamentária de Alagoinhas para 2018, elaborada pelo Poder Executivo e enviada à Câmara para discussão e votação, estima as receitas em R$ 373,87 milhões. Um crescimento de 18% em relação a de 2017. Dos R$ 58 milhões a mais, R$ 40 milhões (75%) são oriundos das transferências correntes da União, Estado e repasses também da União. As transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), representarão mais da metade desse crescimento; passarão de R$ 84 para R$ 108 milhões, crescimento de 28%. As transferências do Estado não passarão de 5% (uma análise bem realista). E os repasses, sobretudo do SUS e educação, crescerão aproximadamente em R$ 13 milhões (crescimento de mais de 30% em relação a 2017). Sou cético quanto a esse crescimento das transferências correntes, sobretudo porque a perspectiva de crescimento do país para 2018 varia entre 2,5% a 3,5% (cenário bem otimista). Não vejo base alguma de crescimento no FPM em 28%! Analisando as receitas de capita

Transparência e (versus) entrega de resultados ao cidadão

De forma a cumprir o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Prefeitura de Alagoinhas publicou no dia 24 de julho de 2017 o Relatório Resumido de Execução Fiscal referente ao 3º bimestre do ano. No acumulado deste primeiro semestre, o balanço orçamentário apresentou uma receita de R$ 151,800 milhões, contra uma despesa liquidada de R$ 129,540 milhões; portanto, um superávit fiscal de R$ 21,890 milhões. Do ponto de vista da receita, estas seguem em linha com a média, atingindo 48% da previsão atualizada para o ano. Em relação à despesa, cerca de 95% são destinados ao custeio da máquina pública, destes 53% foram para pagamento com pessoal e encargos . O mais preocupante foi ter desembolsado um volume de recursos superior para a amortização da dívida (R$ 3, 654 milhões) contra R$ 2,710 milhões para investimentos . A despesa por função ficou distribuída em sua maior parte com a administração (25%); saúde (25%); educação (21%); urbanismo (10%). A dívida consolidada do muni